WASHINGTON, 04 ABR (ANSA) – O número de usuários italianos do Facebook que podem ter tido seus dados usados de forma ilegal pela consultoria política Cambridge Analytica passa de 214 mil.   

A estimativa foi divulgada nesta quarta-feira (4) pela rede social e contempla a quantidade de pessoas que instalaram o aplicativo criado pelo acadêmico Aleksandr Kogan, de onde saíram as informações, e seus contatos, totalizando 214.137 usuários.   

O aplicativo de Kogan era uma espécie de teste de personalidade e havia sido autorizado pelo Facebook, que dera permissão para o acadêmico da Universidade de Cambridge acessar os dados das pessoas. No entanto, de alguma forma essas informações foram parar de forma ilegal nas mãos da Cambridge Analytica, que as teria usado para fins políticos.   

Entre os clientes da consultoria estão a campanha presidencial de Donald Trump em 2016 e grupos pró-Brexit. Na Itália, a empresa trabalhou, em 2012, para um “ressurgido partido político que tivera seus últimos sucessos nos anos 1980”, segundo descrição presente em seu site oficial.   

Essas características, no entanto, não se encaixam em nenhuma das principais legendas do país na atualidade. Após o estouro do escândalo, a Autoridade para as Garantias nas Comunicações da Itália (Agcom) enviou ao Facebook um pedido de explicações sobre o uso indevido de dados de usuários para fins políticos. (ANSA)