Normalmente, o vinho tinto é considerado um tipo de álcool “saudável” devido à presença de resveratrol em sua composição, um polifenol antioxidante que auxilia na saúde cardíaca e tem propriedades anticancerígenas. Embora o consumo moderado da bebida tenha benefícios, a prática não costuma ser recomendada por especialistas em saúde, principalmente para pessoas que tenham histórico de dependência alcoólica na família.

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“Não é necessário começar a beber vinho tinto apenas por causa disso. O resveratrol também pode ser encontrado em outros alimentos, como romãs e uvas”, explica a nutricionista Maya Feller em entrevista ao “Yahoo”.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo American Journal of Clinical Nutrition, não é preciso encher uma taça de vinho para aumentar a ingestão de polifenóis, basta investir em alimentos com essa propriedade. Para manter a saúde do coração, prefira adotar hábitos saudáveis, como prática de exercícios regulares e alimentação balanceada com base em frutas vermelhas, verduras, nozes, sementes, grãos e proteínas saudáveis.

Os riscos do excesso de álcool superam os benefícios do antioxidante. “A quantidade de resveratrol é baixa, portanto, beber muito vinho tinto também apresenta riscos semelhantes ao consumo excessivo de outros tipos de álcool. Uma pesquisa mostrou que os indivíduos que fazem o uso em excesso correm um risco maior de doenças hepáticas, cânceres, hipertensão, doenças cardíacas e sistema imunológico enfraquecido. Além disso, consequências a curto prazo incluem distúrbios do sono e problemas de desintoxicação”, diz Feller.

Se você é uma apreciadora de vinho, não precisa suspender o consumo, apenas se atentar à prática. Além da quantidade moderada, é indicado optar por opções com poucos conservantes e aditivos, versões naturais e biodinâmicas. A alimentação também é um fator importante, por isso, antes ou durante faça uma refeição equilibrada e completa, pois os alimentos podem proteger o revestimento do estômago e diminuir a absorção de álcool pelo corpo.