Uma queda de avião matou ao menos 49 pessoas na Rússia nesta quinta-feira, 12. Este foi o mais recente de uma série de acidentes aéreos registrados na última década. Veja dez tragédias do período:
Índia, 2025
A queda de um avião em Ahmedabad, na Índia, causou 260 mortes em 12 de junho. O número inclui passageiros, tripulação e vítimas que estavam em um prédio atingido pelo Boeing 787 Dreamliner que tinha Londres como destino, mas caiu cerca de um minuto após decolar. Um homem sobreviveu.
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Washington, 2025
Mais de 60 pessoas morreram após um jato regional de passageiros da American Airlines colidir com um helicóptero Black Hawk do Exército dos EUA em 29 de janeiro e cair no gelado Rio Potomac, próximo ao Aeroporto Nacional Ronald Reagan de Washington.
Coreia do Sul, 2024
O voo internacional 7C2216 da Jeju Air caiu no Aeroporto Internacional de Muan em 29 de dezembro de 2024, matando todos os 175 passageiros e quatro dos seis tripulantes no desastre aéreo mais mortal em solo sul-coreano.
Cazaquistão, 2024
O voo J2-8243 da Azerbaijan Airlines, um Embraer E190, caiu em 25 de dezembro após ser desviado da Rússia para o Cazaquistão, matando 38 pessoas. O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, disse em dezembro que o avião havia sido danificado por um disparo acidental do solo na Rússia. Moscou não confirmou essa informação.

Marcas deixadas pela queda do voo 2283 da Voepass, em Vinhedo | Nelson Almeida/AFP
Vinhedo, em São Paulo, 2024
O voo regional 2283 da Voepass, um turboélice ATR-72 com origem de Cascavel (PR) e destino a São Paulo, caiu em agosto na cidade de Vinhedo (SP), matando todas as 62 pessoas a bordo. Foi o mais grave acidente da aviação comercial brasileira desde o voo Tam 3054, com 199 mortes, em julho de 2007.
Japão, 2024
Um avião da Japan Airlines (JAL) colidiu com uma aeronave menor da Guarda Costeira na pista do aeroporto de Haneda, em Tóquio, em 2 de janeiro. Todas as 379 pessoas a bordo do avião da JAL, um Airbus A350-941, escaparam do avião em chamas. Cinco dos seis tripulantes da aeronave menor morreram.
China, 2022
Um Boeing 737-800 da China Eastern Airlines caiu em uma região montanhosa na região de Guangxi em 21 de março de 2022, matando todas as 132 pessoas a bordo, no desastre de aviação mais mortal da China em 28 anos.
Irã, 2020
Os Guardas Revolucionários do Irã abateram um Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines (UIA) em 8 de janeiro de 2020, pouco depois de decolar do Aeroporto de Teerã, matando todas as 176 pessoas a bordo. O órgão de aviação civil do Irã culpou um radar desalinhado e um erro de um operador de defesa aérea.
Etiópia, 2019
Um jato Boeing 737-MAX 8 da Ethiopian Airlines caiu em 19 de março de 2019 minutos após a decolagem de Adis Abeba para Nairóbi, matando todas as 157 pessoas a bordo. Logo depois, a frota global de Boeing 737 MAX foi suspensa por questões de segurança.
Indonésia, 2018
Um avião Boeing 737 MAX da Lion Air caiu no Mar de Java logo após decolar de Jacarta em 29 de outubro de 2018, matando todas as 189 pessoas a bordo.
Medo de voar
Além dos casos internacionais, o Brasil registrou 10 mortes em acidentes aéreos desde o início de 2025, conforme dados do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
O cenário provocou um aumento nos casos de aerofobia no consultório de Luciana Inocêncio, psicóloga especializada em transtornos graves das psicoses pelo Colégio de Psicoanalísis de Madri. Para ela, a frequência de acidentes cria gatilhos e intensifica a busca de ajuda médica, visto que o medo de voar faz com que as pessoas percam compromissos pessoais e profissionais.
“A natureza inesperada e catastrófica deste tipo de evento desencadeia um sem-número de reações emocionais. Seja o sujeito vítima ou não, ele pode desenvolver aerofobia. Se a angústia for muito intensa, a pessoa chega ao ponto de acreditar que estará no próximo acidente”, afirmou Inocêncio.
Um estudo realizado pela Cleveland Clinic, centro médico sediado em Ohio, nos Estados Unidos, mostrou que 25 milhões de pessoas enfrentam o medo de voar no país, incidência que afeta mesmo aqueles que não usam o transporte aéreo. “O pouco espaço de tempo entre um desastre e outro pode desencadear o que chamamos de ‘ansiedade antecipatória’. Pessoas que precisam viajar de avião, a passeio ou a trabalho, apresentam sintomas muito antes do horário do embarque, como insônia, sudorese e crises de pânico”, concluiu a psicóloga.