“É tetra! É tetra! O Brasil é tetra”. Mesmo quem não acompanhou ou não viu ao vivo tem essa cena do narrador da TV Globo, Galvão Bueno, abraçado a Pelé celebrando o tetracampeonato mundial da Seleção Brasileira. E o grande responsável por essa cena foi ninguém mais, ninguém menos que Roberto Baggio. Camisa 10 da Itália e, até aquele momento, ostentando o título de melhor jogador do planeta, vencido em 1993. Mas após aquele pênalti Baggio não foi mais o mesmo. Mas o que aconteceu com um dos maiores jogadores de todos os tempos da Azzurra?

Roberto Baggio ganhou até uma produção na Netflix, em 2021, contando sua história. O filme não foi um sucesso. Denominado de ‘Divino Baggio’, a produção decepcionou os fãs de futebol, mas contou um pouco da história do craque italiano. Antes daquele Mundial, Baggio vivia uma fase espetacular. Atuando pela Juventus, Baggio vinha em uma fase artilheira. Naquela Copa do Mundo, marcou cinco gols em sete jogos. Em 1990, tinha feito apenas dois em cinco jogos.

Baggio disputou a Copa do Mundo de 1998. Foram quatro jogos e dois gols, mas ele não era mais o mesmo jogador. Sua carreira decaiu um pouco depois daquela final de 1994. Depois daquele pênalti. Da Juventus, Baggio foi defender o Milan, onde em 77 jogos fez apenas 19 gols, sendo considerado uma grande decepção. Il Codino Divino ainda se encontrou em 1997 pelo Bologna, o que o levou para o próximo Mundial.

+ Fora do Brasil desde 2010, Neneca confia em Neymar e garante: ‘Qatar tem tudo para surpreender’

De lá acertou com a Internazionale. Foram 16 gols em 59 jogos. Roberto Baggio seguiu para o Brescia, onde ficou por mais quatro temporadas. Sua expectativa era disputar ainda a Copa do Mundo de 2002, já que era o grande jogador da pequena equipe italiana. Uma lesão no joelho tirou as esperanças do craque de disputar estar na seleção, aos 35 anos. Encerrou a carreira dois anos depois, no mesmo Brescia.

ATIVISMO APÓS APOSENTADORIA

Após o término de sua carreira, Baggio ficou conhecido por ativismo e lutas pro causa sociais. Convertido ao budismo, o craque recebeu várias honrarias, Lutou, por exemplo, pela libertação da Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, que passou 15 anos em prisão domiciliar imposta pela ditadura militar no Myanmar.

O ex-jogador afirmou em diversas oportunidades que baseia sua filosofia de vida em busca da felicidade em ajudar quem precisa. Ficou conhecido como um dos mais amados jogadores do futebol italiano. Em sua aposentadoria, pelo Brescia, foi aplaudido de pé pela torcida do Milan, um de seus ex-clubes. Nunca trabalhou como treinador após encerrar sua carreira. Pela seleção italiana, foram 56 jogos e 27 gols, marcando nove em Copas.