SÃO PAULO, 3 DEZ (ANSA) – A cidade italiana de Castropignano, na região de Molise, começou a vender casa idílicas por apenas 1 euro, na tentativa de atrair novos moradores e assim aumentar sua população.   

A iniciativa inclui cerca de 100 residências abandonadas na vila coberta por um castelo medieval em ruínas, 225 quilômetros a sudeste de Roma.   

Diferentemente de outras cidades e vilas da Itália que colocaram casas à venda em troca de acordos, o prefeito Nicola Scapillati disse querer combinar as partes interessadas com a casa certa para eles, uma espécie de “match”.   

“O esquema aqui funciona de maneira um pouco diferente. Estou percorrendo dois caminhos paralelos, chegando a potenciais compradores e antigos proprietários ao mesmo tempo, passo a passo, para fazer a demanda atender a oferta”, explicou.   

Scapillati ainda enfatizou que não quer que sua “cidade seja invadida do dia para a noite, ou que se transforme em mais uma especulação imobiliária”.   

Desta forma, o prefeito da cidade italiana deseja que os interessados pelos imóveis lhe enviem um e-mail diretamente – nicola.scapillati@me.com – com um plano detalhado de como pretendem renovar o estilo e o que gostariam de fazer com a propriedade – morar, fazer um café ou uma loja.   

“Eles também devem listar todos os requisitos que possam ter, como acesso para pessoas em cadeiras de rodas. A vila é minúscula e os carros não podem passar pelas vielas e escadas estreitas”, acrescentou.   

Segundo ele, quanto mais específico for o pedido, mais fácil será encontrar a habitação adequada e estabelecer a ligação com o atual proprietário.   

Apesar disso, existe uma condição para o negócio ser fechado: o novo comprador terá que reformar a propriedade no prazo de três anos a partir da compra e pagar uma garantia de entrada no valor de 2 mil euros, que será devolvida assim que as obras forem concluídas.   

De acordo com o prefeito, a renovação estimada em cada propriedade seria de 30 mil euros. “Dói ver a beleza do nosso antigo centro histórico marcado por casas em ruínas, em decadência lenta. É triste e perigoso. Sem reforma, esses prédios são uma ameaça. Eles podem desabar a qualquer minuto – é também uma questão de tornar a vila segura”, afirmou.   

Castropignano tem apenas um restaurante, um bar, uma farmácia e algumas pousadas, mas está cercada de natureza, vistas maravilhosas e boa comida. A cidade tem 900 residentes, contra 2,5 mil na década de 1930.   

Após a Segunda Guerra Mundial, famílias emigraram em busca de um futuro melhor, então, a partir da década de 1960, os jovens começaram a se mudar para cidades maiores para estudar e encontrar trabalho. Hoje, 60% dos moradores têm mais de 70 anos.   

(ANSA)