ROMA, 21 OUT (ANSA) – Um novo estudo publicado nesta quarta-feira (20) mostrou que os vikings estiveram na América do Norte há exatos mil anos, em 1021, muito antes de qualquer navio da frota de Cristóvão Colombo chegar no “novo mundo”.   

A pesquisa inédita da Universidade de Groningen, publicada na revista “Nature”, usou a técnica de radiação cósmica com base em alguns pedaços de madeira encontrados enterrados em uma área em que havia habitação humana, no Canadá.   

Segundo os pesquisadores, a radiação está ligada a tempestades solares e dois grandes eventos ocorridos no passado (em 775 d.C.   

e 993 d.C.) poderiam ajudar a datar corretamente a madeira, já que os raios emitidos ficam marcados nas árvores. Eles optaram pela técnica inédita porque já se sabe que o carbono-14 é mais impreciso.   

A pesquisadora Margot Kuitems explicou que foram encontradas as marcas dessa grande radiação de 993 d.C., com um espectrômetro de massa, porque esse tipo de evento provoca um aumento súbito e anormal de carbono-14. Com a informação, eles puderam utilizar a técnica de dendrocronologia, que conta os anéis formados dentro do tronco para determinar a idade da madeira.   

Como nossos antepassados só cortavam árvores quando tinham o objetivo de construir algo, eles chegaram com precisão ao ano de 1021.   

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Há muitas teorias de que os escandinavos foram, de fato, os primeiros “europeus” a chegarem nas Américas, mas as provas são escassas. Isso porque os vikings eram grandes velejadores, tendo um amplo conhecimento náutico que permitiu que o povo da época viajasse do Mediterrâneo ao Mar Cáspio, indo para o norte da Europa e também para a Groenlândia.   

As primeiras confirmações do tipo surgiram nos anos 1960, com a descoberta dos restos dessa “colônia viking” em L’Anse aux Meadows, na ilha de Terra Nova, no Canadá. Mas, até hoje, tinha-se dúvidas sobre a real idade do local. (ANSA).   


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