O paulista Vik Muniz, de 57 anos, tornou-se uma das celebridades brasileiras de maior prestígio internacional por causa de trabalhos em que funde fotografia e artes plásticas de uma forma inusitada. Em vez de atuar como fotógrafo (começou a carreira como fotojornalista) ou mesmo como artista autoral, passou 30 anos de trajetória refletindo sobre como a fotografia pode subverter a relação entre materialidade e representação na pintura. Amplia agora a investigação uma nova série de trabalhos, “Superfícies”, que está exibindo simultaneamente nas galerias Sikkema Jenkins Co, em Nova York, e Nara Roesler, em São Paulo. São 18 painéis lá e 22 aqui, em que se baseia em artistas célebres para criar intervenções irreconhecíveis. “Não me aproprio de obras alheias”, diz à ISTOÉ. “Era moda nos anos 80. Sou copista. Uso telas como um DJ sampleia músicas.” O visitante tem, à primeira vista, a impressão de que está em uma mostra de arte convencional, com quadros pendurados. “Só tomando contato com os painéis, vai notar que foi enganado pela ambiguidade”, afirma. “Ele descobrirá que arte é a interface entre a mente e a matéria.” Galeria Nara Roesler, de 24/10 a 30/1/2020.

Reflexões sobre arte

“Não sou pintor, sou um artista conceitual”

“A imagem artística leva o espectador a pensar na maneira como vê”

“A fotografia libertou a pintura da obrigação de reproduzir a realidade e conferiu uma nova aura à pintura”

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