Damião Soares dos Santos, responsável pelo ataque às crianças, sofria de transtorno persecutório, segundo a Polícia Civil. O Ministério Público (MP) de Minas vai apurar por que um funcionário com problemas mentais trabalhava na educação infantil.

“Ele começou a demonstrar transtornos em 2014, quando foi ao MP denunciar que a mãe estava envenenando a comida dele, mas era mentira”, diz Renato Henriques, chefe do Departamento da Polícia Civil de Montes Claros. Na época, Santos também disse que a mãe havia assassinado o pai com veneno. No dia do ataque, se completaram três anos da morte do pai do vigia.

Não foi achado até agora, diz a polícia, registro de consulta médica ou receita que comprove uso de remédio. Ao longo da semana, parentes do vigia relataram que ele repetiu que daria um presente à família e que morreria. Para vizinhos da creche, ele parecia normal. “Não mostrava isso para a sociedade.”