Cem pessoas de grupos étnicos minoritários foram a julgamento nesta terça-feira (16) no Vietnã por acusações de terrorismo, após ataques armados que deixaram nove mortos nas montanhas centrais do país.

O julgamento, iniciado na prisão onde os acusados permanecem detidos, inclui 98 acusados de terrorismo, um acusado de esconder criminosos e outro de facilitar migrações ilegais, informou o jornal estatal Tuoi Tre.

Seis dos réus serão julgados à revelia e enfrentarão mandados de prisão internacionais.

O caso remonta a 11 de junho, quando pessoas em motocicletas usaram armas de fogo e outras armas para atacar sedes políticas e policiais no distrito de Cu Kuin, na província de Dak Lak.

A posse de armas é proibida no Vietnã e a violência armada é extremamente rara.

Nove pessoas morreram nos ataques, incluindo quatro policiais, duas autoridades locais e três civis.

“O caso foi especialmente grave (…), os terroristas tentaram derrubar o Estado para estabelecer o chamado Estado degar”, disse H’Yim Kdoh, vice-presidente do Comitê Popular de Dak Lak, citado por Tuoi Tre.

Os ‘degar’ (filhos da montanha, na tradução literal), também conhecidos como o povo da montanha, são uma das minorias étnicas das montanhas centrais do Vietnã, foco de tensão sobre inúmeras questões como o direito à terra.

A punição por crimes de terrorismo no Vietnã pode implicar a pena de morte.

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