Um terremoto de magnitude 7,1 na escala Richter deixou ao menos 95 mortos e 130 feridos nesta terça-feira, 7, no Tibete, região autônoma da China. Os tremores também foram sentidos no Nepal e na Índia. No condado de Tingri, o mais atingido pelo fenômeno, mais de mil casas desabaram.
De acordo com agência chinesa “Xinhua”, cerca de 6,9 mil pessoas vivem em um raio de 20 quilômetros do epicentro do terremoto. O ponto está localizado a cerca de 85 quilômetros do Monte Everest, que foi fechado ao público até novo aviso para garantir a segurança dos visitantes. Imagens que viralizaram nas redes sociais mostram os tremores.
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Confira vídeos:
Al menos 95 personas perdieron la vida y 130 resultaron heridas tras un terremoto de magnitud 6.8 registrado este martes en #China en su frontera con el Tíbet. pic.twitter.com/al0Qa0qhA2
— Hiram Hurtado (@ehiramhurtado) January 7, 2025
Na gravação, é possível ver pessoas correndo em um estabelecimento após o início do terremoto no Tibete. Com os tremores, produtos caem das prateleiras. Também foram compartilhados vídeos de câmeras de monitoramento que mostram a intensidade do fenômeno.
Two CCTV footages show strong 7.0 earthquake in Tibet region, China.
Earthquake was relatively shallow, at the depth of 10km.
At least 53 people have tragically lost their life while more than 70 are injured.
There were dozen of aftershocks in China and Nepal.#earthquake… pic.twitter.com/kFsGVwfl4f— Disasters Daily (@DisastersAndI) January 7, 2025
Em outras imagens, é possível perceber o desespero de moradores do Tibete nos momentos que sucederam o terremoto.
#BreakingNews
Locals are in tears following a heavy earthquake in Dingri, Tibet. pic.twitter.com/5hifCDeHUq— Palden Gyal (@Gyal_1959) January 7, 2025
Filmagens aéreas que exibem os danos causados pelos tremores também foram compartilhadas nas redes sociais.
Aerial footage shows magnitude of destruction after the earthquake in Shigatse, Tibet, China
Heartbreaking scenes, prayers for all affected. #earthquake #sismo #temblor #Tibet #terremoto pic.twitter.com/60Um1r9OMe— Disasters Daily (@DisastersAndI) January 7, 2025
O Tibete e outras áreas do oeste da China são frequentemente palco de terremotos, devido à proximidade do ponto de atrito da placa tectônica asiática com a indiana, mas devido à baixa densidade populacional na área, os terremotos geralmente ocorrem em áreas escassamente povoadas.
Em dezembro de 2023, um terremoto de magnitude 6,2 deixou mais de 150 mortos na região vizinha de Qinghai e na província ocidental de Gansu.
Xi pede “esforços exaustivos para salvar vidas”
O presidente chinês, Xi Jinping, pediu “esforços exaustivos para salvar vidas e minimizar o número de vítimas”, ao mesmo tempo em que reforçou a necessidade de prevenir desastres secundários e reassentar adequadamente os moradores afetados.
O líder chinês também enfatizou a urgência de reparar as infraestruturas danificadas e garantir que as necessidades básicas dos moradores sejam atendidas, detalhou a agência de notícias.
Após o terremoto, o Gabinete de Comando Antiterremoto e Assistência em Caso de Catástrofes do Conselho de Estado (Executivo chinês) e o Ministério de Gestão de Emergências ativaram uma resposta de emergência e enviaram um grupo de trabalho à área atingida para orientar os esforços de resgate.
De acordo com a emissora estatal CCTV, os bombeiros locais mobilizaram mais de 1.500 pessoas para procurar e resgatar sobreviventes.
O condado de Tingri, que tem uma densidade populacional de 4,2 pessoas por quilômetro quadrado, está situado no sopé da cordilheira do Himalaia e tem uma altitude média de 5 mil metros acima do nível do mar, de acordo com informações oficiais do governo local.
Segundo a previsão do tempo, as temperaturas no condado devem atingir nesta terça-feira um mínimo de 16 graus abaixo de zero e no máximo 3 graus Celsius.
*Com informações da Deutsche Welle