Vídeos mostram homem passeando com cães e indo na academia após matar gari

Reprodução/TV Globo
René da Silva Nogueira Júnior passeando após o crime Foto: Reprodução/TV Globo

O programa Fantástico, da TV Globo, exibiu, neste domingo, dia 17, imagens de René da Silva Nogueira Júnior, após ter matado o gari Laudemir Fernandes, em Minas Gerais. Nos vídeos, ele aparece passeando com seus cães e indo na academia. O trabalhador levou um tiro no abdômen enquanto trabalhava na coleta de lixo.

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De acordo com testemunhas, tudo aconteceu quando René se irritou com o fato de não conseguir passar com seu carro. Ele ameaçou os garis que estavam trabalhando no local e, em seguida, sacou uma arma, atirando em Laudemir.

Segundo colegas de trabalho da vítima, René agiu com frieza. “Ele vem com a arma em punho, na hora que ele tentou fazer uma manobra na arma, o carregador da arma caiu no chão, ele agachou, pegou o carregador, colocou novamente na arma, apunhou a arma novamente, apontou pro colega de trabalho e efetuou o disparo”, afirmou o gari Evandro Marcos de Souza.

Depois de cometer o crime, René fugiu do local e um dos garis conseguiu filmar o carro descendo a rua.

A viúva da vítima, Liliane França da Silva, desabafou sobre o caso. “O meu Lau saiu pra trabalhar. O meu Lau tinha prazer em voltar pra casa. E aí eu recebo o Lau num caixão”, disse.

“Eu sou muito grata a Deus, porque Deus me emprestou o Lau. Deus me emprestou ele. Desde o dia que eu conheci ele, ele foi esse homem na minha vida, esse homem maravilhoso na minha vida”, afirmou Liliane.

A família, clamando por justiça, pede o bloqueio dos bens de René e de sua esposa. O homem foi preso horas depois do crime, enquanto malhava em uma academia.

As imagens obtidas pelo programa mostraram que ele seguiu sua rotina normalmente. A arma para cometer o crime foi encontrada na casa de René e pertence à esposa dele, a delegada Ana Paula Balbino.

A polícia indiciou René por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça. Se condenado, ele pode pegar até 30 anos de prisão.