DUBAI (Reuters) – Vídeos nas redes sociais mostrando as forças de segurança iranianas espancando manifestantes se tornaram virais conforme a indignação contra uma repressão cada vez maior aumenta, com a prisão de figuras proeminentes que vão de rappers a economistas e advogados para tentar encerrar sete semanas de distúrbios. 

Os protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini em 16 de setembro, que estava sob custódia da polícia da moralidade após sua prisão pelo uso de roupas inadequadas, abalaram o establishment clerical iraniano, instando pessoas de todas as camadas da sociedade a exigir mudanças políticas. 

As manifestações por todo o país que pedem a morte do líder supremo aiatolá Ali Khamenei representam um dos desafios mais ousados ​​aos governantes do Irã desde a Revolução Islâmica de 1979. 

O caso Amini e a repressão aos protestos que se seguiram à sua morte atraíram condenação internacional aos governantes do Irã. 

Enquanto isso, os líderes iranianos culparam os Estados Unidos e outras potências ocidentais pela crise, uma narrativa que poucos iranianos acreditam. 

Khamenei disse nesta quarta-feira que as autoridades norte-americanas que apoiam os protestos são “sem vergonha”, segundo a mídia estatal. 

“Aqueles que pensam que os EUA são uma potência intocável estão errados”, disse Khamenei. “É completamente vulnerável como visto nos eventos atuais.” 

O parlamentar iraniano Mohammad Saleh Jokar disse que os iranianos que vivem no exterior e estão provocando “motins” em casa deveriam ter suas cidadanias revogadas.