Uma câmera de segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) registrou a ação de Francisco Wanderley Luz, que morreu na noite de quarta-feira, 13, após detonar explosivos na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

O vídeo mostra o momento em que Wanderley se aproxima do STF e lança explosivos em direção à Estátua da Justiça. Ao perceber a aproximação dos seguranças, que tentavam detê-lo, ele acende o pavio de uma das bombas e se deita no chão. Logo em seguida, as explosões são ouvidas. Pouco tempo depois, autoridades confirmam a morte do suspeito.

 

As explosões

Duas explosões foram registradas nas proximidades de um anexo da Câmara dos Deputados e da sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, num aparente atentado suicida cometido por um radical de extrema direita.

Por volta de 19h30 de quarta-feira, 13, uma explosão destruiu o porta-malas de um veículo estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados, em Brasília. Vinte segundos depois, uma segunda explosão foi ouvida na Praça dos Três Poderes, em frente à sede do Supremo Tribunal Federal.

No porta-malas do veículo danificado foram encontrados tijolos, madeira e fogos de artificio. Bombeiros apagaram as chamas e a fumaça.

Mas rapidamente ficou claro que a segunda explosão havia deixado uma vítima. O corpo de um homem foi encontrado deitado na praça. Ele estava vestido com terno verde com símbolos de cartas de baralho, no que pareceu uma alusão ao personagem de HQs Coringa, que nos últimos anos foi adotado como símbolo por radicais antissistema depois do lançamento do filme Coringa em 2019.

A polícia também apontou que o corpo era do autor dos ataques. Segundo boletim policial, um segurança do STF contou que o homem se deitou deliberadamente sobre a bomba antes da detonação.

De acordo com a polícia e relatos de testemunhas, o homem havia tentado entrar sem sucesso no STF. Depois, quando um segurança se aproximou, ele jogou explosivos na marquise do edifício e mostrou outros artefatos.

O segurança do STF disse que o homem carregava uma mochila e mostrou algo semelhante a um relógio digital, que parecia acoplado a uma bomba. Após lançar outros artefatos, ele se deitou no chão e acionou o explosivo junto à nuca, morrendo na detonação.

A Polícia Civil do Distrito Federal classificou o episódio como um “autoextermínio com explosivo”.