20/07/2021 - 18:10
A Guarda Municipal de Teresina, no Piauí, informou que vai apurar a conduta de agentes que atenderam um caso de agressão contra uma travesti suspeita de roubo. A violência foi gravada na manhã da última segunda-feira (19).
Diversos vídeos da suspeita foram gravados e divulgados nas redes sociais. Em um dos conteúdos, a travesti aparece conversando com um homem e afirma ter participado de um roubo. Em outra filmagem, a suspeita é vista amarrada no porta-malas de um carro, enquanto é agredida por pelo menos dois homens que usam um pedaço de madeira.
No vídeo, algumas mulheres pedem aos homens para que eles parem de agredi-la, mas os homens continuam com a sessão de agressão e pedem informações sobre um botijão de gás e um colar, que teriam sido roubados por ela.
Em outros registros, guardas municipais presenciam o momento em que um homem conduz a suspeita com os pés amarrados e dá uma rasteira nela, que acaba caindo deitada.
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) comentou o caso nas redes sociais e pediu providências sobre o episódio.
Através de um comunicado, a Guarda Municipal informou que vai apurar o caso. Veja abaixo a nota feita pela corporação.
“A Guarda Civil Municipal de Teresina (GCM) esclarece que atendeu a uma ocorrência no residencial Parque Brasil III, zona Norte de Teresina, nesta segunda-feira (19). Ao chegar ao local, a equipe encontrou com uma travesti amarrada, suspeita de furtar apartamentos na região. Após ouvir os envolvidos, os membros da corporação que acompanhavam a ocorrência orientaram que o suposto agressor a desamarrasse. Na sequência, a suspeita foi algemada e, juntamente, com o suposto agressor, foram conduzidos à Central de Flagrantes de Teresina para apuração do caso. Sobre um vídeo em que a travesti aparece sendo espancada no porta-malas de um carro, a GCM não presenciou o fato, uma vez que chegou ao local posteriormente. Em hipótese alguma, a Guarda Civil Municipal de Teresina defende que seja feita Justiça com as próprias mãos. Por fim, o comando da GCM vai avaliar se houve falhas no procedimento”.
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