A Ucrânia assumiu na quinta-feira, dia 10, a reconquista de uma dúzia de cidades na região de Kherson, no sul do país, onde as tropas russas iniciaram uma retirada vista como um novo revés para o presidente Vladimir Putin.

O comandante-chefe do exército ucraniano, Valery Zaluzhny, informou nas redes sociais que suas tropas reconquistaram seis cidades depois de lutar perto de Petropavlivka Novoraisk e outras seis perto de Pervomaiske-Kherson. No total, as tropas de Kiev recuperaram mais de 260 quilômetros quadrados.

Pouco antes, o exército russo anunciou que estava começando a se retirar da região de Kherson. O Ministério da Defesa da Rússia indicou em comunicado que suas unidades estavam se movendo “em direção a posições estabelecidas na margem esquerda (a leste) do rio Dnieper, de acordo com o plano aprovado” no dia anterior.

A retirada das tropas de Moscou inclui a cidade de Kherson, a única capital regional capturada pela Rússia no início de sua ofensiva na Ucrânia no final de fevereiro.

Especificamente, Moscou pretende consolidar suas posições estabelecendo uma linha de defesa atrás do rio Dnieper, um obstáculo natural.

A Ucrânia recebeu o anúncio de Moscou com ceticismo. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, sugeriu que poderia ser um movimento estratégico da Rússia.

“O inimigo não nos dá presentes, não mostra nenhum ‘gesto de boa vontade'”, declarou Zelensky, afirmando que seu país reagirá com “extrema cautela”.