22/06/2022 - 8:56
A procuradora-geral do município de Registro (SP), Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, foi agredida pelo procurador Demetrius de Oliveira de Macedo, 34, na sede da prefeitura na segunda-feira (20). Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra Demetrius dando chutes e socos em Gabriela, enquanto outras duas funcionárias tentam contê-lo.
A Procuradora Geral de #Registro (SP) Gabriela Samadello Monteiro foi brutalmente agredida pelo Procurador Municipal Demétrius Oliveira Macedo, depois que este se revoltou contra a abertura de um processo disciplinar contra ele pela sua conduta. O caso aconteceu na segunda (21). pic.twitter.com/YSWwWgY5lU
— Ⓜ️ário Franc🎯 (@MarioLSFranco) June 22, 2022
O homem também xinga a colega de “puta” e “vagabunda”. Após ser espancada, Gabriela ficou com ferimentos na face e no corpo. A procurada registrou o caso no 1º Distrito Policial de Registro.
Em depoimento, ela disse que a atitude de Demetrius foi uma reação a um procedimento administrativo aberto contra ele pela procuradora para apurar a conduta do colega, que já vinha apresentando comportamentos inadequados no trabalho. De acordo com Gabriela, o documento foi encaminhado à Secretaria de Administração da Prefeitura de Registro em 30 de maio.
Conforme a Prefeitura de Registro, Demetrius foi afastado do cargo por 30 dias. Em nota, a administração municipal repudiou “os brutais atos de violência”. O caso é investigado pela Polícia Civil como lesão corporal.
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Agressor alega assédio moral
Em depoimento à Polícia Civil, o procurador disse que sofria assédio moral no local de trabalho. Conforme o delegado Fernando Carvalho Gregório, do 1º Distrito Policial do município, Demetrius admitiu que agrediu a vítima.
Após prestar depoimento, o homem foi liberado. “Eu entendi que não havia uma situação de flagrante, e sim um fato criminoso. É claro que deveria ser devidamente apurado. Por isso, fizemos o registro da ocorrência e tomamos todas as diligências cabíveis na ocasião”, informou o delegado ao G1.
“O fato também é analisado pelo Ministério Público (MP) e Poder Judiciário (PJ). Ao final de todos os trabalhos, teremos uma conclusão das investigações num processo, e uma eventual condenação”, ressaltou o delegado.