Duas semanas após o início da guerra na Ucrânia, a Rússia conquistou menos e lutou mais do que o previsto no início do maior conflito terrestre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Mas a força invasora de mais de 150 mil soldados conta com grandes e possivelmente decisivas vantagens no poder de fogo.
Enquanto as forças russas continuam a pressionar a capital, os moradores de Kiev pediram às unidades reservistas das Forças de Defesa Territoriais que treinassem e estivessem prontas para lutar.
Um grupo de Forças de Defesa Territoriais estava treinando o que havia aprendido em um dos parques da cidade, no lado leste do rio Dnepr, na quarta-feira, dia 9.
Eles não são soldados profissionais, mas pessoas comuns que foram convocadas como reservistas para se juntar às forças militares.
Mykola Matulevskiy, agora com 64 anos, chama a atenção por trás de seu filho Kostyantin, de 36.
Eles moram em um bairro próximo e dizem que não têm outra opção a não ser lutar juntos, por mais doloroso que seja para um pai.
“Não é possível tê-lo de outra maneira porque é nossa pátria, devemos defender nossa pátria antes de tudo”, diz Mykola, o pai.
A esposa de Kostyantin e suas três filhas deixaram a capital e se mudaram mais para o oeste, em segurança enquanto os russos avançavam.
Mykola diz que não quer que a Ucrânia volte a viver sob controle russo, como nos tempos da União Soviética.
Ele acredita que a intenção do presidente russo, Vladimir Putin, é recriar uma Rússia que estenda seu poder sobre os países vizinhos.
“Eu sei muito bem o que é uma União Soviética”, diz ele.