O lutador Fernando Henrique Cardoso da Silva, de 44 anos, foi flagrado por câmeras de segurança agredindo com um soco a vendedora Milana Mirelly Silva, de 25 anos, em frente a uma distribuidora de bebidas em Morrinhos (GO). O caso ocorreu no último dia 10, mas o vídeo só foi divulgado na segunda-feira (25). As informações são do G1.

Nas imagens, o lutador se aproxima da mesa em que a jovem está, conversa com ela e, em seguida, começa a dar socos no namorado dela. Depois, ele dá um soco no rosto da vendedora e em um homem que tenta segurá-lo.

Em depoimento, a jovem afirmou que Fernando é lutador de muay thai e a agrediu por não aceitar o fim do relacionamento. O casal foi casado por seis anos. Ainda segundo a vítima, o ex-marido sempre foi muito ciumento e já a agrediu outras vezes. “Terminei com ele justamente porque eu não aguentava mais apanhar”, disse Milana.

Após a agressão, a jovem foi ao hospital e uma tomografia apontou que ela teve um traumatismo facial. No dia seguinte, a vítima procurou a Delegacia de Polícia de Morrinhos e registrou um boletim de ocorrência contra o ex-marido.

Em entrevista ao G1, Milana contou que se separou do lutador há um ano e quatro meses. “Eu já estava bem, me estabilizando e agora estou vivendo tudo que vivi antes. Não denunciei antes por medo, porque conheço ele. Mas agora não dá mais. Até meu emprego eu perdi, não posso perder minha vida”, disse.

Conforme a Polícia Civil, em depoimento à polícia, Fernando chegou a negar as agressões e afirmou que não sabia como a vendedora se machucou. Segundo o G1, após a investigação do caso, Fernando Henrique foi indiciado no último dia 15 pelos crimes de injúria, ameaça e lesão corporal.

Em nota ao G1, o advogado Tiago Cruvinel, responsável pela defesa do indiciado, disse que “Fernando está se prontificando a atender todas as exigência judiciais em seu desfavor. Fernando declara que está arrependido, diz que, de forma inconsciente, impelido por uma forte emoção, agiu repelindo uma injusta provocação”. Procurado pela reportagem, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) informou que o órgão ainda não recebeu os autos desse caso.