Três meses se passaram desde que a Rússia iniciou sua invasão da Ucrânia e, sem fim à vista, os combates continuam a cobrar um alto preço.

Não está claro quantos ucranianos morreram em combate, já que o país não divulga números, mas o presidente Volodymyr Zelensky disse que até cem soldados podem morrer todos os dias no leste do país agora.

Na segunda maior cidade do país, Kharkiv, sitiada por semanas, a contra-ofensiva ucraniana empurrou as tropas russas para o norte e o leste.

Os combates ainda acontecem na região que faz fronteira com a Rússia ao norte e nas províncias orientais de Donbas.

Em um dos cemitérios da cidade, uma porção de terra é onde os combatentes estão sendo enterrados.

Na segunda-feira, dia 23, um comandante de unidade e um punhado de soldados enterraram um de seus companheiros.

“Espero que seja o primeiro e o último de seus homens”, disse o comandante Aleksii Kolesnikov.

Morto em 10 de maio, Oleksander Matyukhin, de 32 anos, perdeu a vida quando projéteis incendiaram a casa em que sua unidade estava estacionada, em um local na região de Kharkiv que o comandante não especificou.

“Acho que é um preço alto, a vida das pessoas não tem preço e não é certo que os jovens morram. A diplomacia deve resolver isso”, disse.

“É muito aterrorizante, a forma como as mães ficam sem filhos.”