Após ser detido e solto por suspeitas de irregularidades no Ministério da Educação (MEC), o ex-ministro Milton Ribeiro voltou a pregar no domingo (10) na Igreja Jardim de Orações, local onde atua como pastor, em Santos, litoral sul de São Paulo. Durante um culto, ele relatou que está de “coração partido” e afirmou que apresentará explicações “no momento oportuno”. As informações são do O Globo.

“Uma das coisas que eu tenho mais lutado, e que tem mais me ferido nestes tempos é claro que é o meu nome, o nome da minha família, mas o nome de Deus. Isso tem me deixado de coração partido. Mas tudo a seu tempo. Eu aguardo, estou aprendendo”, disse Ribeiro no vídeo divulgado pelo canal do Metrópoles no YouTube.

“É claro que Deus tem, nesses momentos que tenho passado, e que eu gostaria de explicar para a igreja, mas não posso. E que no momento oportuno isso vai ser feito. Eu gostaria de dizer que, na verdade, essa igreja tem sido uma igreja amiga, irmã. Sei que muita gente, se não a totalidade, tem orado por mim”, acrescentou

Já na noite de domingo, Milton Ribeiro participou de outro culto na mesma igreja e disse que “nunca teve” a intenção de “mexer com o dinheiro” dos fiéis. “Nossa igreja não tem, e nunca teve, objetivo nenhum de mexer com o dinheiro de você, o seu dinheiro. Nunca teve. Por isso, ao me ver envolvido em coisas dessa natureza, minha tristeza só se redobra. Nunca tivemos.”

No final, ele pediu para que Deus abençoasse o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Pedimos a tua bênção sobre o nosso país, e como a tua palavra nos ensina, tua benção sobre a vida do nosso presidente. Guarda, protege e dirige a vida dele, para que ele cumpra o teu propósito e faça aquilo que for bom para toda a sociedade brasileira.”

Relembre o caso

Em março deste ano, Milton Ribeiro deixou o comando do MEC após suspeitas de que os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura cobravam propinas de prefeitos em troca de distribuição de verbas.

No dia 22 de junho, tanto Ribeiro quanto os dois pastores foram presos por suspeitas de envolvimento em corrupção e tráfico de influência. Contudo, por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), os três foram soltos no dia seguinte.