27/09/2022 - 14:10
Um vídeo de dois policiais militares abordando um entregador em frente a um condomínio em Manaus (AM) viralizou nas redes sociais nesta semana. Nas imagens, gravadas no último domingo (25), um dos PMs dá um tapa no ombro do rapaz e, em seguida, rasga a CNH dele.
“Tu quer tirar onda com a polícia?”, grita o policial ao exigir o documento do entregador. Moradores do prédio flagraram a ação e alguns interviram na ação dos policiais. Em outro vídeo, o policial que rasgou o documento do motoboy aparece falando com uma das moradoras. “Eu não vou admitir o que aconteceu aqui”, diz aos agentes uma das moradoras.
— Portal Do Sargento Adiel Vídeos (@portal_adiel) September 26, 2022
Nas redes sociais, o restaurante para o qual o entregador estava trabalhando divulgou uma nota de repúdio. “A Porteira Picanharia vem através dessa nota repudiar qualquer tipo de agressão. Onde um motoboy que estava prestando serviço na Porteira sofreu agressão física e psicológica por dois policiais militares”, diz a nota.
“Respeitamos e admiramos o trabalho da polícia militar, mas não compactuamos com qualquer tipo de agressão. Esperamos que os responsáveis tomem as devidas providências e que esse caso não fique impune!”, ressaltou o estabelecimento.
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Procurada pela ISTOÉ, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informou que “tomou conhecimento do fato e determinou instauração do processo administrativo disciplinar pela Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD) da instituição para que o caso seja devidamente apurado e que as medidas administrativas em relação ao ocorrido sejam tomadas”.
Na nota, a SSP ressaltou que a Polícia Militar do Amazonas “não compactua com eventuais desvios de conduta praticados por seus policiais”. Ainda de acordo com a pasta, a Corregedoria-Geral da SSP-AM irá acompanhar o “processo disciplinar a ser instaurado pela PMAM” contra os agentes que aparecem nas imagens.
“A SSP-AM também reforça que não compactua com quaisquer desvios de conduta de agentes da Segurança Pública estadual, tendo o dever legal de apurar o fato”, diz a nota.
