Bebês nascidos de barrigas de aluguel estão em segurança em Kiev. As 21 crianças foram levadas para uma clínica improvisada no porão de um prédio residencial nos arredores da capital ucraniana.

Seus pais ainda não conseguiram buscá-las por causa da guerra. Um grupo de enfermeiras cuida dos recém-nascidos

– Oksana Martynenko, Enfermeira:

“Nós ficamos aqui para cuidar deles. Quem vai cuidar deles enquanto seus pais estão longe? Quem os vai ajudar? Então nós cuidamos deles. Nós não podemos deixá-los para trás. Como isso seria possível? São criaturas pequeninas.”

O trabalho é louvável, mas as leva à exaustão

– Antonina Yefymovich, Enfermeira:

“No passado, nós costumávamos fazer turnos, tínhamos tempo para descansar. Agora, não temos tempo para descansar. Nós ficamos com as crianças o tempo inteiro. Nós tentamos tirar cochilos rápidos, fazer trocas. Mas há muitas crianças aqui e muito trabalho a fazer. É duro, duro mesmo.”

Enquanto se dedicam a cuidar dos filhos dos outros

as profissionais se preocupam com suas próprias famílias

“Nós não podemos ir para casa desde 24 de fevereiro. Eu sou da região de Sumy, mas não posso ir lá. Eu tenho filhos em casa, eles ficam com a avó. Eles começaram a bombardear a nossa cidade ontem. Todos os dias nós esperamos por notícias sobre o que está acontecendo lá. Eu ligo para saber onde e como eles dormiram de noite, se eles foram para um abrigo antibombas, se saíram dele ou não.”

Com o aumento dos ataques a Kiev

elas temem por sua segurança e a dos bebês

“Nós estamos preocupadas por nós mesmas, pelos nossos filhos, por esses pequenos bebês que ficam aqui, por todo mundo. É aterrorizante porque nós sentamos aqui e não sabemos o que vai acontecer no minuto seguinte. Mesmo estando no porão, quando há uma explosão em algum lugar próximo, nós conseguimos ouvir claramente. Tivemos algumas nesta noite, é aterrorizante mesmo.”