Durante uma sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minoria, da Câmara dos Deputados, o deputado federal bolsonarista Éder Mauro (PL-PA) defendeu na quarta-feira (1°) que uma professora, cuja identidade não foi revelada, fosse colocada em um “paredão” de fuzilamento. O parlamentar se revoltou com o fato de a docente ter colocado a imagem de Jesus Cristo em uma prova escolar. As informações são do UOL.

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No vídeo, divulgado pelo perfil no Facebook Rádio Vilabela Serra Talhada, é possível ver o momento em que o parlamentar mostrou a prova com o meme da obra “Cristo Crucificado”, do artista espanhol Diego Velásquez, escrito: “Bandido bom é bandido morto”.

Por isso, o ator Mário Gomes abriu um boletim de ocorrência contra a docente por intolerância religiosa, pois ele tem um filho que possivelmente integrava a turma da professora.

“Esta jumenta empoderada e comunista deveria ter sido colocada em um tribunal, num paredão, para que ela não levasse esse seu entendimento para a nossa juventude, que está em formação de caráter. Por isso, eu quero dizer aqui nesta Comissão de Direitos Humanos e Minoria que nós parássemos de ver o direito de minoria. Que nós nunca deixemos de ver o direito da maioria dos brasileiros que não quer esses valores errados”, disse Éder Mauro durante a sessão.

“(Os brasileiros) Que querem, sim, que todos católicos, protestantes e todas as religiões possam ter um Deus, acreditar em um Deus, e saber que Jesus Cristo veio nesta terra para salvar a humanidade e se ela não acredita em um Deus, que ela guarde para si essa simples e infeliz posição”, acrescentou.

O parlamentar ainda chamou de “bandidos” os 23 mortos da chacina na Vila Cruzeiro (RJ).

“Quer comparar Jesus Cristo com bandido? Isso é uma vergonha para os professores. Eu quero dizer para o meu Brasil, o povo brasileiro, que esta cidadã, se assim pode se chamar, senhor presidente, nunca deveria comparar. Que ela compare bandido com aqueles mais de 20 que foram mortos lá no Rio de Janeiro. Que são bandidos que atropelam, matam, levam drogas para os nossos filhos, que destroem famílias.”

“Mas querer comparar o filho de Deus, que era o único filho dele, que mandou para esta terra para salvar a humanidade, que mandou nesta terra para trazer a paz para humanidade, que deu a sua vida pela humanidade, de bandido? Isso é inadmissível”, completou.

O deputado federal também aproveitou o momento para criticar os colegas que o acusaram de ser a favor de “tratar a ideologia de gênero (como maneira) para ensinar sexo para criança na escola”. Por fim, ele defendeu o armamento da população ao alegar que os dados mostram que “a maioria brasileira é a favor”.

É importante frisar que Éder Moura não apresentou esses dados sobre o armamento.