WASHINGTON, 09 JUN (ANSA) – Um vídeo divulgado pelo Departamento de Polícia de Austin, no Texas, mostrou mais um caso de um homem negro que relatou diversas vezes que não conseguia respirar e morreu nas mãos de policiais.

O caso ocorreu no dia 28 de março de 2019, mas só teve as imagens reveladas nesta segunda-feira (08). Conforme informações apuradas pela emissora “CNN”, Javier Ambler, 40 anos, não apagou os faróis do carro enquanto passava por um policial de Williamson e foi perseguido pelas viaturas por cerca de 22 minutos.

Ele bateu em uma barreira e parou o carro já em Austin. Quando os policiais vão em direção a ele, Ambler está com as mãos levantadas – sem sinais de embriaguez – e desarmado. No momento em que os policiais tentam algemá-lo, o homem alerta que sofre de insuficiência cardíaca. Por várias vezes, diz que não está conseguindo respirar.

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De acordo com o relatório dos agentes que atuaram no caso, o homem se negava a obedecer comandos verbais no momento que tentaram algemá-lo. Poucos minutos depois de conseguirem colocar as algemas, os policiais veem que Ambler não responde mais, tiram as algemas e começam a fazer massagem cardíaca nele. Logo depois, uma ambulância chega ao local.

O caso surge no momento dos protestos pela morte de outro homem negro, George Floyd, por um policial branco em Minneapolis no dia 25 de maio. A morte ocorreu após o agente Derek Chauvin ficar com o joelho no pescoço de Floyd por cerca de oito minutos.

Em entrevista para a “CNN”, a promotora Margaret Moore informou que as imagens divulgadas são da câmera na roupa de um dos policiais de Williamson que atuaram no caso e que o Gabinete do Xerife local não está cooperando com as investigações, em um movimento “atípico”.

“É importante, que no clima de hoje, com a resposta aumentada a incidentes policiais, que o público saiba que estamos processando esse caso e que o levaremos a julgamento. Faremos tudo ao nosso alcance para garantir que a justiça seja feita”, ressaltou Moore dizendo que a morte de Ambler está sendo tratada como homicídio. (ANSA)