Quem não se lembra de Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, fazendo proselitismo político sobre o caixão do corpo ainda quente de sua esposa, Marisa Letícia, responsabilizada pelo mesmo por uma série de eventos relacionados aos crimes que cometeu no âmbito da Operação Lava Jato?

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Quem nunca assistiu a políticos cretinos, sobrevoando em confortáveis helicópteros os locais de tragédias perfeitamente evitáveis, como enchentes e desabamentos, para em seguida virem lamentar a morte de pessoas por eles esquecidas, abandonadas à própria sorte, como se realmente se importassem?

As histórias de gente assim, oportunistas até na morte, são conhecidas e repetidas ao longo de décadas de política mesquinha e rasteira. E será assim para sempre, pois os políticos, via de regra, são seres desprovidos de limites morais. Na alegria ou na tristeza, lá estarão a discursar, olhando para o próprio umbigo – sempre!

Nesta segunda-feira, 14 de fevereiro, Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, fez circular um vídeo patético, típico de deformados intelectuais, que, muito mais preocupados com política, logo correram para produzir uma peça de publicidade eleitoral, sobre um corpo aparentemente moribundo, ainda em recuperação.

Ao que tudo indica – mas vá saber, né? -, o amigão do Queiroz acabara de ser operado da facada que recebeu na barriga, mas alguém (devidamente autorizado e encorajado) logo sacou um celular e pôs-se a filmar o herói do povo, abatido em combate por um ‘terrorista comunista, a mando, obviamente, da esquerda nacional’.

A abertura, e não poderia ser diferente, é um culto religioso, liderado pelo ‘irmão’ esquecido (mais um!), o ex-senador Magno Malta.. O ‘miolo’ é uma série de balbúcias desconexas, típicas do amigão do Queiroz, independentemente de seu estado físico. E o fim, o tradicional ‘Brasil acima de tudo, Deus acima de todos’.

Se o intuito em divulgar essa cena de dramalhão mexicano, quatro anos após o ocorrido, era comover alguém, a mim não comoveu. Para ser sincero, me deu ainda mais raiva dos filhos do devoto da cloroquina, pois mostra claramente o nível de preocupação (zero!) que tinham – ou têm, sei lá – pelo próprio pai quase morto.

Jair Bolsonaro, o patriarca do clã das rachadinhas, e seus bolsokids aloprados formam uma típica família do coronelismo político brasileiro, onde nada é mais importante do que o Poder, custe o que custar, inclusive a própria morte. São mesquinhos consigo mesmos, o que resulta em um governo cruel e desumano, como o atual.