Um vídeo que está circulando nas redes sociais mostra o chefe da Polícia Civil do estado de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, apontando o dedo e comemorando a prisão do empresário Paulo Cupertino junto com outros policiais dentro de um elevador na sede da instituição, localizada na capital paulista. As informações são do G1.

O empresário foi detido na segunda-feira (16) por ser acusado de ter assassinado o ator Rafael Miguel e os seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, em 2019.

No vídeo, divulgado pelo canal no YouTube Diário do Nordeste, é possível ouvir alguns policiais gritando: “Vamos!”. Então, outro berram. Depois, Osvaldo apontou o dedo indicador na direção de Cupertino e falou repetidas vezes: “Muda de São Paulo, muda de São Paulo”.

Essa fala é marca registrada de Osvaldo, o chefe da Polícia Civil costuma utilizá-la como um recado para os criminosos durante entrevistas à imprensa.

O G1 tentou contato com Osvaldo para comentar o episódio no elevador, mas não obteve retorno até o momento.

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Relembre o caso

Em 9 de junho de 2019, Paulo Cupertino teria matado o ator de Chiquititas, à época com 22 anos, por não aceitar o relacionamento do jovem com a sua filha, Isabela Tibcherani, que tinha 18 anos.

Cupertino também teria matado os pais de Rafael, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Miriam Selma Miguel, de 50. A família foi assassinada em frente à residência da namorada do ator. Eles tinham ido tentar convencer o pai da jovem de que Rafael tinha boas intenções com Isabela.

Ele é acusado de triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem possibilidade de defesa das vítimas.

À época do crime, a filha de Cupertino pediu por justiça e pela prisão do pai. Um mês após o triplo homicídio, ela desabafou sobre ter medo e sentir culpa pelo sofrimento causado à família do ator. Fãs de Rafael prestaram solidariedade à Isabela.

O ator interpretou o personagem Paçoca, de Chiquititas, no ar na TV entre 2013 e 2015. O jovem gravou vários comerciais e ficou conhecido ainda criança por participar de uma peça publicitária na qual pedia à mãe para comprar brócolis e chicória. Rafael foi morto um mês antes de completar 23 anos.

Cupertino já tem passagens por roubo e furto, em ocorrências investigadas pela Delegacia de Roubo a Bancos em 1993, e chegou a ser preso em Santos. Em 2005, também respondeu a processo por agressão e ameaça.

Ao ser detido pelos assassinatos, Cupertino alegou que “sou inocente. A minha filha me condena, mas vamos esperar a Justiça para saber a verdade. Olha minha filha ontem e olha hoje”, disse Cupertino na chegada ao prédio do Departamento de Homicídios de São Paulo (DHPP).


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