É o xis da questão do cinema brasileiro. O grande mito. Em 1931, Mário Peixoto tinha apenas 20 anos quando fez um filme que entrou para a história. Obcecado por uma imagem – uma mulher algemada -, criou em Mangaratiba um relato intimista, repleto de símbolos, em que a paisagem do mar e da montanha também são personagens.

Um suposto elogio de Sergei M. Eisenstein alimentou a lenda de Limite. O filme sumiu das vistas. Quando voltou, para muitos seria o maior filme da história do cinema no País.

Decididamente, não é. Mário Peixoto tentou fazer um segundo filme, mas Onde a Terra Acaba ficou inacabado. Resgatando imagens que sobraram desse projeto interrompido e contando um pouco da história de Mário, que viveu e morreu recluso, Sérgio Machado fez o documentário que passa nesta quarta, às 23h, no canal Curta!

Onde a Terra Acaba foi interrompido porque Mário e a atriz e produtora Carmen Santos não se entendiam. Ele era um experimentador de formas, ela exigia uma história com começo, meio e fim. Não deu certo. Sérgio Machado, que dirige o documentário Onde a Terra Acaba, também é um contador de histórias. Ficou tão fascinado pelas imagens que criou essa história de Mário Peixoto, sonhando um filme que só existiu na cabeça dele.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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