O vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Richard Clarida, reforçou nesta quarta-feira, 24, que não tem preocupação com pressões inflacionárias nos Estados Unidos neste ano, e afirmou esperar que o indicador fique perto da meta de 2% do banco central ao final de 2021. “Há um gap muito grande no emprego potencial, 10 milhões tinham trabalho e não tem agora”, justificou, apontando que mesmo em caso de em algum mês, como maio, a inflação no comparativo anual ficar acima da meta, é algo “transitório”, em virtude da crise ocorrida em 2020. As declarações vieram em sessão de perguntas e respostas durante um evento da Câmara da Comércio de EUA e Austrália.

Na visão do dirigente, a política monetária atual do Fed é “adequada para o ano todo com base no panorama econômico”. No entanto, caso o cenário se altere e a inflação se afaste das metas, a autoridade possui “ferramentas para serem usadas no tempo certo”. O dirigente não manifestou preocupação com a alta dos juros dos Treasuries de longo prazo, avaliando que os mesmos estão “precificando uma recuperação de economia” neste ano. Ele se disse otimista com a retomada e avaliou o momento como positivo, com “vacinas sendo boas notícias”.

“O maior risco para a economia agora é o vírus. A recuperação depende do seu curso”, avaliou, citando novas variantes do coronavírus como potenciais ameaças. No entanto, “há motivos para ser cautelosamente otimista com cicatrizes da crise”, concluiu, citando que elementos, como o setor financeiro, sofreram menos impactos do que em ameaças anteriores.

Antes de responder às questões, Clarida repetiu o discurso que havia lido mais cedo.


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