O vice-presidente da Assembleia Nacional francesa (Câmara Baixa), o deputado ecologista Denis Baupin, acusado de assédio e agressão sexual por quatro membros de seu partido, renunciou ao cargo, apesar de “contestar” as acusações, indicou o seu advogado.

Baupin planeja mover uma ação judicial por difamação, informou o advogado em um comunicado.

Mais cedo, o presidente da Assembleia, Claude Bartolone, havia pedido ao deputado que renunciasse ao cargo de vice-presidente em razão das acusações.

“Denis Baupin contesta formalmente a ideia de assédio sexual e ainda mais a de agressão sexual, as quais são totalmente estranhas a ele”, declarou o advogado.

De acordo com a imprensa francesa, quatro mulheres acusam Baupin de assédio e agressão sexual.

O testemunho da porta-voz do partido Europa Ecologia-Os Verdes (EELV), Sandrine Rousseau, publicado pelo portal de informação Mediapart e pela emissora France Inter, evoca eventos que teriam ocorrido em outubro de 2011.

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A deputada Isabelle Attard, que se retirou do EELV em dezembro de 2013, denunciou, por sua vez, “assédio quase diário por meio de SMS provocadores, lascivos”.

Duas outras políticas, Elen Debost, vice-prefeita de Le Mans, e Annie Lahmer, vereadora na região de Paris, também disseram que foram vítimas de um comportamento inadequado por parte do deputado.

No que diz respeito a Annie Lahmer, o caso teria acontecido há mais de 15 anos.

Na França, a prescrição dos crimes de assédio e agressão sexuais é de três anos.

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