O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, iniciou, nesta quinta-feira, uma visita surpresa ao Iraque, cujo governo vive uma crise política que poderia afetar a luta contra os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI).

“O vice-presidente chegou ao Iraque, onde se reunirá com autoridades iraquianas, com o fim de incentivar a unidade nacional e a luta contra o EI”, anunciou o gabinete de Biden em um comunicado.

O grupo extremista controla vastos territórios no Iraque, incluindo a segunda cidade do país, Mossul, embora as forças iraquianas, com o apoio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, tenham recuperado terreno nos últimos meses.

Biden se reuniu com o primeiro-ministro, Haider al-Abadi, pouco depois de sair do avião de transporte militar C-17 que o levou até Bagdá.

A classe política iraquiana se encontra profundamente dividida e o caos tomou o Parlamento, onde os atritos entre deputados são frequentes.

Além disso, milhares de seguidores do líder xiita Moqtada al-Sadr protestam assiduamente nas proximidades da denominada “Zona Verde”, onde estão as instituições do país.

Apesar das tentativas reformistas do governo Abidi, a classe política é percebida como amplamente corrupta e partidarista.

Biden pretende recordar os responsáveis iraquianos das “medidas que a comunidade internacional poderia tomar para promover a estabilidade econômica no Iraque”, em um contexto de forte queda dos preços do petróleo, indicou a fonte oficial americana.

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