ROMA, 11 FEV (ANSA) – O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, voltou a defender nesta terça-feira (11) seu projeto para alterar as regras de reconhecimento de cidadania no país e disse que a iniciativa busca desarmar uma “bomba social” na integração de filhos de imigrantes.
“Quando eu digo que é preciso começar a refletir sobre dar a cidadania a jovens que não são cidadãos italianos, após 10 anos de escola, é para reagir a um problema, porque aquilo que propomos serve para integrar, te obriga a ir para a escola”, disse o chanceler e líder do partido conservador Força Itália (FI) em um evento na Câmara dos Deputados, em Roma.
“Precisamos fazer com que esse problema não se torne uma bomba social”, salientou Tajani. O projeto do FI impediria ítalo-descendentes cujos pais, avós e bisavós tenham nascido fora da Itália de obter a cidadania “jus sanguinis” (“direito de sangue”), mas sem afetar processos já em andamento.
Por outro lado, prevê cidadania para estrangeiros nascidos na Itália ou que tenham chegado no país antes do quinto aniversário, mas apenas quando eles completarem 16 anos e desde que tenham residido em solo italiano durante uma década ininterrupta e concluído o ciclo escolar até essa faixa etária.
Esse sistema foi chamado por Tajani de “jus italiae” (“direito italiano”).
Atualmente, não há limite geracional para o “jus sanguinis”, enquanto filhos de imigrantes nascidos na Itália só podem obter a cidadania após os 18 anos. No entanto a premiê Giorgia Meloni já indicou que o projeto do FI não está entre as prioridades do governo. (ANSA).