Acusado por jornalistas de cometer assédio sexual, o vice-ministro administrativo das Finanças, Junichi Fukuda, negou nesta segunda-feira (16) qualquer comportamento inadequado, enquanto o Ministério anunciou que abrirá uma investigação sobre o caso.

Na semana passada, o semanário Shukan Shincho informou que várias jornalistas acusavam Fukuda de tê-las assediado. A publicação divulgou gravações do que afirma ser uma conversa do ministro com uma jornalista em um bar.

“Nunca tive essa conversa com uma jornalista”, respondeu Fukuda, em nota divulgada hoje.

“Vou, de vez em quando, jantar com jornalistas, homens e mulheres, depois de horas de trabalho, mas nunca tive um intercâmbio com uma mulher jornalista como relata o semanário”, acrescentou.

A revista relata que outras jornalistas disseram ter sido assediadas por ele.

“Desminto ter proferido declarações que se assemelhem a assédio sexual e que teriam podido ofender mulheres jornalistas”, insistiu Fukuda.

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Ele disse ainda não ter qualquer intenção de renunciar ao cargo e disse que processará a revista por difamação.

O Ministério das Finanças anunciou que pedirá a investigadores independentes que avaliem o caso e pediu às mulheres envolvidas “que cooperem”.

Na semana passada, o ministro das Finanças, Taro Aso, pareceu minimizar as acusações. Disse ter lançado uma “advertência oral” ao funcionário referente à sua conduta e estimou que este se mostrou “suficientemente arrependido”.

Na sequência, porém, declarou que Fukuda será destituído, se as acusações forem comprovadas.

O Japão é um país marcado por um sexismo profundamente arraigado nos costumes.


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