No tempo do PT, os ladrões do partido escondiam dólares na cueca. Com Bolsonaro, após a verdinha ultrapassar, e muito!, a barreira dos cinco reais, só dá para roubar – e esconder – nossa pobre moeda mesmo. Sinal dos tempos, né.

Como tenho repetido à exaustão, o bolsonarismo está cada vez mais parecido com o petismo. Não bastasse o populismo barato, ou melhor, caro, bem caro, e o fisiologismo descarado, até dinheiro na cueca a turma do amigão do Queiroz anda escondendo.

Bolsonaro adora falar em Covidão para tentar atingir os governadores opositores. Talvez seja útil, também, para desviar o foco das rachadinhas do seu filho Flávio. Fato é que, agora, não poderá falar mais. Covidão por Covidão, o presida já tem o seu. Explico.

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) é alvo de investigações por desvio de dinheiro público, destinado ao combate à pandemia do novo coronavírus – aquele da gripezinha, do resfriadinho. Quem é Chico? Bem, simplesmente o vice-líder do presidente no Senado.

Para quem não vê nada de anormal em cheques suspeitos depositados na conta da esposa, ou na loja de chocolates do filho ser recordista mundial na venda de panetones em dinheiro vivo, assistir a um escolhido seu ter de entregar à polícia trinta mil reais, escondidos nos fundilhos, não significa nada além de, como é mesmo?, perseguição da imprensa comunista.

Bolsonaro disse que daria “uma voadora no pescoço” de quem, do seu governo, fosse flagrado roubando. Como peixe morre pela boca, ou o maridão da Micheque, quero dizer, Michelle, acerta logo a jugular do seu líder, com uma bicuda daquelas, ou simplesmente estará contando mais uma de suas mentiras descaradas.

Eu aposto na segunda hipótese! Alguém aí topa confiar no bilontra e perder alguns trocados?