O Fortaleza promete não se intimidar com a promessa do Palmeiras de acionar o Ministério Público, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e o Procon-CE para reabrir a venda de ingressos à torcida alviverde para o jogo entre as equipes neste domingo, na Arena Castelão, em Fortaleza, pelo Campeonato Brasileiro. O vice-presidente do clube tricolor, Marcello Desidério, afirmou nesta sexta-feira que a comercialização não terá novidades e garantiu que quem for à partida não terá problemas de segurança.

Em entrevista ao Estado, o dirigente afirmou que o Palmeiras não exerceu a reserva da carga de bilhetes e, por isso, a comercialização destinada à torcida visitante está encerrada. “Os ingressos remanescentes serão destinados ao torcedor do Fortaleza ao preço de R$ 110. Já tivemos uma reunião no estádio para readequar todo o plano de segurança para o jogo”, disse.

Desidério explicou que a torcida do Palmeiras comprou só 3 mil ingressos de uma carga original de 8 mil destinada aos visitantes. As vendas foram encerradas pelo clube mandante nesta quinta-feira, após uma desavença entre as diretorias sobre o valor cobrado. Inicialmente, o preço seria de R$ 110, mas a equipe alviverde acionou o STJD e conseguiu a redução para R$ 55.

O vice do Fortaleza garantiu que quem já comprou ingresso para ficar na torcida do Palmeiras receberá o tratamento adequado e com a devida segurança, apesar da polêmica da última semana. “Todos serão bem recebidos. Não vai ter tela. Vão ver o jogo com todo o nosso conforto”, afirmou o dirigente, em referência à existência de uma rede de proteção existente no setor de visitantes do estádio Allianz Parque, estrutura alvo de reclamações por dificultar a visibilidade do campo.

Desidério disse não temer possíveis punições pelo Palmeiras ter acionado autoridades para tentar reabrir a venda de ingressos. “Estamos preparados para no momento oportuno apresentarmos nossa defesa, baseada no Regulamento de Competições e no Estatuto do Torcedor. Nós temos nosso argumento. O Palmeiras tem o deles. Isso precisa ser avaliado pelas autoridades competentes no momento oportuno”, completou.