O candidato a vice-prefeito de Ricardo Nunes (MDB), Ricardo Mello Araújo (PL), respondeu por dois homicídios, sendo um deles doloso, durante seu período na Polícia Militar. Além desses processos, Mello Araújo ainda responde por calúnia contra um senador.

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O histórico de antecedentes criminais foi enviado à Justiça Eleitoral como prestação de conta obrigatória dos candidatos. Na Justiça de São Paulo, são dois processos por homicídio registrados em 2002 e 2003.

O primeiro foi analisado pela 5ª Vara do Júri e teve sua tramitação de forma física. O processo foi arquivado em setembro de 2003 e não há acesso sobre os motivos da extinção do caso.

Já o segundo é mantido em segredo de justiça, mas é possível saber que o crime aconteceu na região da Penha, zona Leste de São Paulo. O processo chegou a ser arquivado em 2007, mas voltou a tramitar no ano seguinte. O arquivamento definitivo aconteceu apenas em 2022.

Mello Araújo ainda responde a um processo por calúnia contra o senador Giordano (MDB-SP). O processo corre na Justiça Federal de São Paulo, que aceitou a denúncia do Ministério Público em 2023.

O coronel da reserva da PM é acusado de insinuar uma interferência de Giordano em uma licitação da Companhia de Entrepostos e Armazéns de São Paulo (Ceagesp) para colocar uma empresa ligada ao parlamentar na concorrência. As declarações aconteceram em 2021, quando Mello Araújo comandava a Ceagesp.

“Tem um Senador por São Paulo, Senador Giordano, ele quer entrar aqui de qualquer jeito… Tentou entrar aqui com Bolsa Sopão, depois queria que eu colocasse funcionários dele para trabalhar aqui na empresa… Aí o Senador queria que eu mexesse na licitação para a empresa dele entrar aqui”, disse, em publicação na rede social.

Questionado pelo Ministério Público sobre as declarações, Mello Araújo confirmou as denúncias. Para o MP, porém, as falas do militar são falsas.

O que diz Mello Araújo

Ao site IstoÉ, a assessoria do Coronel Mello Araújo afirmou que o coronel jamais respondeu a nenhum processo judicial por excessos ou ilegalidades durante os 32 anos que serviu a Polícia Militar.

“Os apontamentos constantes nas certidões que apresentou foram arquivados na fase de inquérito por iniciativa do próprio Ministério Público e por decisão da Justiça já que as ocorrências de que participou ou testemunhou foram consideradas corretas”, diz a nota.

A assessoria não respondeu, porém, sobre o processo de calúnia contra o senador Giordano aberto em 2021.