Em meio ao sucesso do futebol do Flamengo, com as conquistas de títulos e rendas milionárias em todos os jogos no Maracanã, o vice-presidente de finanças do Flamengo, Wallim Vasconcellos, entregou o seu cargo. Nesta quarta-feira, por meio de uma carta publicada em suas redes sociais, o ex-economista do BNDES explicou as razões de sua saída.

No texto, o dirigente afirmou que, de fato, tinha muitas diferenças na forma que gostaria de gerir o clube em relação aos outros membros da gestão.

“A minha renúncia deveu-se, sobretudo, a divergências em relação ao estilo de gestão, aonde a maioria dos Vice-presidentes possui pouca participação nas discussões de assuntos relevantes e impactantes na vida do clube. Na verdade, nunca fomos um verdadeiro colegiado, desperdiçando, a meu ver, a oportunidade de um debate de alto nível com todos os participantes. Todos nós perdemos, o Flamengo como instituição, também perde. Mas entendo que o presidente do clube tem o direito de geri-lo da maneira como entender melhor, pois foi eleito legitimamente para isso”, justificou Wallim.

Na sequência, o agora ex-vice de finanças rubro-negro ressalta que o sucesso do futebol não pode esconder as deficiências que o clube tem em sua gestão.

“[…] Temos uma oportunidade gigantesca de atingirmos um patamar nunca visto no futebol mundial por um clube brasileiro e por um longo tempo, mas, para isso, temos que selecionar bem quem vai nos ajudar a alcançá-lo. Clubes globais necessitam das melhores empresas para assessorá-los em seu crescimento e desenvolvimento. O sucesso no futebol não pode encobrir as deficiências que ainda temos na gestão. Portanto, por não ter conseguido sequer ser ouvido, apesar de ter tentado várias vezes, em inúmeras situações, cheguei à conclusão que meu ciclo no Flamengo terminou”, concluiu o economista, responsável pela reformulação do rubro-negro carioca.