O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, afirmou que a estrutura de verticalização não é um problema para o setor financeiro e ajuda a reduzir os custos. “A verticalização é uma característica do setor financeiro. Ajuda a reduzir custos e a garantir serviços”, disse ele, em coletiva de imprensa nesta tarde de terça-feira, 5, acrescentando que outros setores, como, por exemplo, o de petróleo, também atuam de forma verticalizada.

Ao reforçar que a verticalização não é um problema, destacou ainda que a concentração do setor bancário, bastante criticada no País, também não é um problema. “O problema é a falta de competição”, destacou.

As afirmações de Portugal ocorrem em meio à aprovação do relatório sobre spreads bancários no Brasil, cujo relator é o senador Armando Monteiro (PTB-PE), que trouxe um diagnóstico de que existe uma “forte verticalização” no setor de meios de pagamento. Uma das soluções sugeridas no documento é proibir que um mesmo grupo financeiro seja controlador de empresas que atuam em todos os elos do sistema de cartões.

Questionado sobre essa possibilidade, o presidente da Febraban disse que a entidade não trata especificamente deste segmento, mas defendeu a verticalização do setor financeiro. Executivos de bancos que participaram do almoço de fim de ano da entidade também defenderam a estrutura atual como uma vertente de redução de custos no sistema e, consequentemente, preços mais baixos aos consumidores.


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