O processo de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (PRB) está em andamento na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Em paralelo, um grupo de parlamentares quer driblar a Lei Orgânica do Município e aprovar eleições indiretas em caso de saída do atual comandante da cidade. As informações são do UOL.

Atualmente, se Crivella for caçado, o presidente da Câmara, Jorge Felippe (MDB) assumirá temporariamente a prefeitura. O vice-prefeito eleito Fernando Mac Dowell faleceu no ano passado, transformando Felippe o primeiro na linha sucessória do município.

Atualmente, a Lei Orgânica do Município prevê eleições indiretas apenas se o prefeito for cassado no último ano de seu mandato, o que só aconteceria, no caso de Crivella, em 2020.  Em março deste ano, um projeto de emenda que propunha a ampliação do prazo para parlamentares elegerem indiretamente um novo prefeito foi rejeitado na Câmara.

O vereador Luiz Carlos Ramos Filho (Podemos) defende mudanças na lei, mas reconhece que isso pode causar problemas judiciais. “Pode gerar uma questão na Justiça, sim. Mas será que o Rio merece um gasto de R$ 300 milhões para uma nova eleição, já em outubro deste ano, levando em consideração que em outubro do ano seguinte teremos eleições diretas novamente?”, questionou.