O vereador Leonardo Dias (PL-AL) enviou um ofício à prefeitura de Maceió/AL pedindo a suspensão do cachê pago a Nando Reis após o cantor fazer críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante um show na capital alagoana.

No documento publicado em seu perfil no X (antigo Twitter), o vereador diz que o músico “manifestou sua opinião política de forma desproporcional e desonrosa” no momento em que afirmou ter “certeza que o Brasil só vai ter jeito na hora da prisão de Bolsonaro”. A frase foi cantada no meio da música “Do seu lado”.

O parlamentar também solicita que a Procuradoria-Geral do Município instaure um inquérito para averiguar se o contrato foi descumprido, por supostas violações de normas “referente à proteção a honra e da imagem, bem como inobservância de alguma cláusula prevista no contrato de prestação de serviço”.

O caso ocorreu durante a apresentação do cantor no Festival Verão Massayó, neste domingo, 21, promovido pela prefeitura. Na rede oficial do evento no Instagram, a atitude dividiu opiniões. Alguns internautas defendem o cantor, dizendo que ele foi “grandão” e “deixou um recado e não errou em nada”, enquanto outros afirmam que a atitude de sugerir que o ex-presidente seja preso foi “lacração”.

Após a publicação no perfil do parlamentar, houve bate-boca entre ele e outra vereadora, Teca Nelma (PSD), que sugeriu que o vereador deve “procurar o que fazer”. “Sua atuação se resume a bajular o inelegível. Se a punição por falar besteira fosse não receber, você não teria recebido um salário sequer.”

Dias respondeu dizendo que a colega “vive de vitimização”, é “mimizenta” e “intelectualmente desonesta”. “Nunca propôs nenhuma matéria concreta em favor da cultura, vem bostejar a respeito de meu posicionamento quanto ao episódio do Nando Reis.”

O vereador termina a discussão com um GIF em que um boneco faz “mi mi mi”.

Apesar de ter perdido na região Nordeste, em Maceió Bolsonaro obteve 273.549 votos nas eleições de 2022, o que corresponde a 57,18% dos votos válidos, sendo a única capital da região a dar maioria ao ex-presidente.