O vereador do Rio de Janeiro (RJ) Gabriel Monteiro (sem partido) foi acusado de assédio sexual e moral por assessores e ex-assessores. As denúncias foram divulgadas no domingo (27) pelo Fantástico, da TV Globo. O parlamentar nega as acusações.

Uma das ex-funcionárias que acusam Gabriel de assédio sexual é Luiza Batista, que era assistente de produção e gravava vídeos para a rede social do vereador. De acordo com ela, o vereador a abraçava por trás, dizia que a amava, beijava o seu rosto e depois “saía de pênis ereto”.

“Uma vez, foi no carro que ele começou pedindo para fazer massagem no meu pé. Puxou meu pé e fez massagem. Eu tentava tirar o pé e ele segurava. Aí foi começando a passar a mão nas minhas pernas. Foi para o banco de trás e começou a me agarrar, me morder, me lamber.”

Conforme Luísa, após sete meses trabalhando para o vereador, ela teve de procurar um psiquiatra. “Eu queria tirar minha própria vida, porque eu me sentia culpada. Será que estou usando alguma roupa que está causando isso? Será que a culpa é minha de alguma forma? Aí eu começava a pedir a deus para me levar.”

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Outra mulher, que não quis se identificar, contou que chegou a ter relação sexual com Gabriel, a princípio, consensuais. No entanto, no meio da relação, o ato evoluiu para um estupro, porque ela diz que pediu para que ele parasse. “Teve um momento em que ele usou força. Ele me segurou e foi com tudo. Me deixou… sem saída”.

Outros assessores contaram para o Fantástico que Gabriel era visto várias vezes com o órgão genital para fora “se vangloriando do tamanho do pênis” ou se masturbando na frente da equipe.

A reportagem também afirmou que o vereador é acusado de manipular vídeos e explorar menores. O vereador dava comida a crianças de rua e as orientava a dar depoimentos em vídeos.

Ao Fantástico, o vereador negou as acusações de assédio. “É mais uma tentativa de acabar com Gabriel Monteiro”. O vereador também se defendeu das acusações sobre a manipulação de vídeos.

“Ela teve uma esperança, porque é muito fácil chegar aqui e jogar dez pedras contra mim e atingir o meu trabalho”.

Em nota ao programa da TV Globo, o Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro afirmou que tomou conhecimento dos fatos pela reportagem e que aguarda acesso ao material para decidir que providências serão tomadas.