A verba pública do fundo eleitoral entregue a candidatas do PSL no Rio de Janeiro beneficiou a empresa de uma ex-assessora e parentes de outra colaboradora do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro quando ele era deputado estadual. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, uma das beneficiadas é a contadora Alessandra Ferreira de Oliveira, primeira-tesoureira do PSL-RJ.

A empresa dela recebeu durante as eleições R$55,3 mil a partir de pagamentos de 42 candidatos do PSL no Rio. Desse total, R$ 26 mil foram de 33 candidatas que só receberam a verba do diretório nacional na reta final da eleição. Destas, 26 tiveram menos de 2.000 votos e mais da metade do valor enviado  a essas candidatas tiveram como destino a empresa da contadora e um escritório de advocacia.

Parentes de Valdenice de Oliveira Meliga, tesoureira do diretório estadual do PSL, também foram beneficiadas. Na maior parte dos casos, a verba veio do diretório nacional da sigla. A irmã e a nora de Val, como a tesoureira é conhecida, registraram candidatura só em setembro, no lugar de duas mulheres que desistiram da disputa. Elas tiveram as candidaturas indeferidas, mas nem recorreram da decisão. E, em um curto espaço de tempo, realizaram as transferências para a empresa indicada.

A contadora Alessandra disse à Folha que o valor cobrado das candidatas foi “irrisório. Ela negou ter exigido sua contratação para garantir a liberação dos recursos do diretório nacional do PSL para as postulantes. “Se eu pudesse fazer de graça, até faria. Mas foi um valor muito abaixo da tabela que a gente cobrou”, disse.

Flávio Bolsonaro afirmou à Folha que as candidatas tiveram liberdade para escolher os profissionais que conduziriam suas prestações de contas. Ele ainda afirmou que 19 candidatas optaram por outros profissionais. 3 candidatas negaram ao jornal que houve direcionamento com Alessandra.