O fluxo humano e de trânsito na fronteira entre Brasil e Venezuela era normal nesta segunda-feira (20), embora os migrantes venezuelanos em Pacaraima temam serem alvo de novos ataques como os de sábado.

A presença das tropas da Força Nacional é notável nas imediações do posto fronteiriço, antes mesmo da chegada dos reforços prometidos pelo presidente Michel Temer.

As lembranças dos incidentes de sábado são traumáticas e muitos vendedores de comida ou cambistas de dinheiro que diariamente cruzam da cidade venezuelana de Santa Elena de Uairén asseguram que nunca viram algo parecido.

“Fomos embora assustados, não sabíamos o que ia acontecer”, disse à AFP um cambista, que não quis revelar a sua identidade.

Os ataques impulsionaram a ida de 1.200 pessoas para a Venezuela.

“Os justos pagam pelos pecadores. Não temos culpa de nosso governo estar fazendo o mal”, lamentou Jorge Idrogo, um venezuelano de 22 anos, que sustenta a sua família vendendo comida do lado brasileiro.

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O coronel Zanatta, comandante da base de Pacaraima da Operação Acolhida, estima que nesta segunda sejam registrados 900 venezuelanos no centro de recepção.


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