Venezuelana Rojas desbanca Ibargüen e fatura ouro no salto triplo no Mundial

O Campeonato Mundial de Atletismo viu novamente uma disputa sul-americana definir a medalha de ouro no salto triplo. Como se tornou comum nos últimos anos, a colombiana Caterine Ibargüen e a venezuelana Yulimar Rojas brigaram cabeça a cabeça pelo lugar mais alto do pódio em Londres. Desta vez, no entanto, Rojas desbancou a campeã olímpica e ficou com o título.

Aos 33 anos, Ibargüen vinha de seis conquistas consecutivas em competições importantes, incluindo as medalhas de ouro na Olimpíada do Rio e nos Mundiais de Moscou, em 2013, e Pequim, em 2015. Mas nesta segunda, ela ficou a dois centímetros de um novo título, tendo que se contentar com a prata.

A colombiana, que também tem uma prata olímpica na carreira, em 2012, teve 14,89m como melhor marca do dia. Mas a jovem Rojas mostrou por que é considerada a próxima grande promessa da modalidade e, aos 21 anos, sagrou-se campeã mundial ao saltar 14,91m. O bronze foi para a casaque Olga Rypakova, com 14,77m.

Prata no Rio, no ano passado, Rojas conquistou nesta segunda sua primeira medalha em Mundiais. A venezuelana chegou a ver Ibargüen sair na frente, mas alcançou seu melhor salto na penúltima tentativa e desbancou a rival sul-americana.

Em outra esperada final desta segunda-feira em Londres, o jamaicano Omar McLeod espantou qualquer possibilidade de zebra e garantiu a medalha de ouro. Com um desempenho contundente, o atleta confirmou o favoritismo ao cruzar a linha de chegada na frente, com o tempo de 13s04.

O resultado foi um alento para a Jamaica, que viu Usain Bolt e Elaine Thompson decepcionarem nos 100m. Com o desempenho desta segunda, McLeod deixou para trás o russo Sergey Shubenkov, que marcou 13s14 e ficou com a prata, e o húngaro Balázs Baji, bronze com 13s28.

Dono do recorde mundial da prova, o norte-americano Áries Merritt terminou em quinto, com a marca de 13s31. O atleta, no entanto, celebrou a ida à final na primeira competição de grande porte que disputou depois de ser submetido a um transplante de rim.

Ainda nesta segunda-feira, o Quênia faturou a medalha de ouro nos 1.500m feminino com Faith Chepngetich Kipyegon. Ela garantiu o lugar mais alto no pódio com a marca de 4min02s59, pouco à frente da norte-americana Jennifer Simpson, prata com 4min02s76, e da sul-africana Caster Semenya, que levou o ouro com o tempo de 4min02s90.

No arremesso de martelo feminino, a Polônia levou a melhor no confronto direto com a China. Anita Wlodarczyk faturou o ouro com a marca de 77,90m, enquanto sua compatriota Malwina Kopron levou o bronze, com 74,76m. A chinesa Zheng Wang foi prata, com 75,98m, e viu a compatriota Wenxiu Zhang ser a quarta colocada, com 74,53m.

BRASILEIROS – Para o Brasil, o domingo foi de resultados pouco expressivos. Maior esperança do País no dia, Marcio Teles sofreu uma dura queda nas semifinais dos 400m com barreiras, não conseguiu completar a prova e ficou de fora da decisão, apesar dos aplausos da torcida inglesa para ele. O norte-americano Kerron Clement anotou 48s35 e avançou com o melhor tempo.

Nos 200m, Aldemir Gomes Júnior caiu ainda nas eliminatórias. Ele foi apenas o sexto colocado na terceira bateria do dia, com o tempo de 20s82, e ficou longe da classificação. Apontado por Bolt como seu provável substituto nesta prova, o sul-africano Wayde Van Niekerk avançou com o quarto melhor tempo, ao cravar 20s16.

Já no salto triplo masculino, Mateus de Sá também ficou distante da briga pela vaga à final. O brasileiro de 21 anos teve 16,10m como melhor marca e terminou como 27.º colocado entre os 31 atletas na disputa, longe do grupo de 12 classificados.