CARACAS, 26 DEZ (ANSA) – Ao menos 99 pessoas foram liberadas na Venezuela no período do Natal após serem detidas por protestarem após as eleições presidenciais de julho de 2024, informou nesta sexta-feira (26) o Ministério dos Serviços Penitenciários.
As prisões se deram em meio a uma crise política desencadeada pela reeleição do chefe de Estado Nicolás Maduro, ainda que o resultado do pleito nunca tenha sido confirmado com as atas.
“O governo nacional e o sistema judiciário decidiram avaliar cada caso e, de acordo com a lei, conceder medidas cautelares, o que levou à libertação de 99 cidadãos”, afirmou o Ministério dos Serviços Penitenciários em comunicado.
Segundo o governo venezuelano, esses indivíduos estavam presos “por sua participação em atos de violência e incitação ao ódio após as eleições de 28 de julho de 2024”.
Entre os prisioneiros libertados está Marggie Orozco, de 65 anos, condenada a 30 de detenção por “traição, incitamento ao ódio e conspiração” depois de ter criticado Maduro em uma mensagem em áudio, segundo revelou a ONG Justiça, Encontro e Perdão à AFP.
A suposta vitória de Maduro, que o manteve no poder, gerou protestos no país que levaram à prisão de cerca de 2,4 mil pessoas, chamadas pelo presidente de “terroristas”. De acordo com dados oficiais, aproximadamente 2 mil manifestantes foram libertados. (ANSA).