Ao ritmo de uma banda marcial, milhares de soldados marcharam, nesta sexta-feira (5), em Caracas, para participar no início dos exercícios militares organizados em todo o país, que se prolongam pelo fim de semana.

A operação foi batizada de “Escudo Bolivariano ‘Comandante Supremo Hugo Rafael Chávez Frías 2021′”, em homenagem ao ex-presidente venezuelano e líder da chamada revolução bolivariana, falecido em 5 de março de 2013.

“Chávez vive, a Pátria vive!”, gritou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, em um ato.

“Vemos como o país se defende hoje com maior ferocidade e maior firmeza contra o imperialismo, essa é a tarefa que o comandante Chávez nos deixou e que cumprimos”, acrescentou o chefe militar em traje de campanha.

Dois grupos de soldados marcharam em Caracas até o Forte Tiuna do quartel onde repousa o corpo de Chávez, no bairro 23 de Janeiro, reduto do chavismo, e do hospital onde morreu há oito anos.

Eles agitavam bandeiras venezuelanas e gritavam lemas militares com uma banda marcial ao fundo, constatou a AFP.

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“Hoje toda a Força Armada Nacional Bolivariana em todas as regiões do país, sob o comando do comandante estratégico operacional, estão realizando um desdobramento perfeito que antecedeu uma fase de planejamento, também perfeita”, acrescentou Padrino.

O presidente Nicolás Maduro, que assumiu o poder após a morte de Chávez, acusou os Estados Unidos e a Colômbia, seus principais detratores internacionais, de liderarem planos para derrubá-lo e pediu aos militares, seus principais pilares de apoio, que fiquem em “alerta máximo”.

Operações militares como essas são frequentemente organizadas no país. De fato, o exercício “Escudo Bolivariano” é uma implantação permanente ordenada por Maduro desde fevereiro de 2020.

Não está claro quantos soldados foram destacados nesta operação, que inclui todos os componentes militares, incluindo a Milícia, órgão criado por Chávez e formado por civis.

“Garantiremos a coesão de nossa Força Armada (…) para garantir a segurança da nação” e “nos prepararemos para nos defendermos e nos prepararmos para contra-atacar contra todos os tipos de ameaças, não importa a magnitude”, disse Remigio Ceballos, um dos principais líderes militares da Venezuela e recentemente sancionado pela União Europeia.


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