A Venezuela denunciou nesta terça-feira (2) que um tribunal dos Estados Unidos autorizou a venda de sua refinaria nesse país, a Citgo, em um processo de leilão em benefício de seus credores que ainda necessita de autorização do governo americano.
A filial da estatal venezuelana PDVSA estava sob o controle de uma diretoria nomeada pela oposição, depois que Washington entregou a ela o comando da petroleira em 2019, após não reconhecer a releição do presidente Nicolás Maduro.
A Citgo enfrenta inadimplências que superam os 20 bilhões de dólares.
O juiz de Delaware Leonard Stark autorizou no sábado sua venda a uma subsidiária da Elliott Investment Management, após a confirmação da oferta em um leilão organizado pelo tribunal.
A vice-presidenta venezuelana, Delcy Rodríguez, leu nesta terça-feira um comunicado no qual “rejeita energicamente a decisão adotada no procedimento judicial de ‘venda forçada’ da empresa Citgo”.
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos deve autorizar a operação.
Rodríguez responsabilizou a oposição liderada por María Corina Machado pela venda da empresa.
Essa denúncia coincide com a reunião do presidente americano, Donald Trump, com seu Conselho de Segurança Nacional para tratar do tema da Venezuela, em meio à mobilização militar americana no Caribe para o que diz ser uma operação contra o narcotráfico.
Maduro, no entanto, afirma que o objetivo é a derrubada de seu governo.
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