O governo do presidente Nicolás Maduro informou nesta quarta-feira (25) que um arsenal apreendido na Colômbia seria utilizado em ataques na Venezuela que incluíam o assassinato do próprio presidente.

Citando a imprensa colombiana, o ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez, disse que o arsenal foi encontrado em um veículo no país vizinho na segunda-feira e contava 26 rifles, mira noturna e silenciadores.

“A principal intenção era introduzir (na Venezuela) grupos de assalto que seriam responsáveis pelo assassinato seletivo do Presidente da República, do Presidente da Assembleia Nacional Constituinte (Diosdado Cabello), dos vice-presidentes e ministros”, disse Rodríguez na televisão estatal.

Ele destacou que o material apreendido está avaliado em meio milhão de dólares e culpou o presidente colombiano Iván Duque por fomentar a violência na Venezuela.

Segundo Rodríguez, entre os envolvidos no plano está o general reformado Clíver Alcalá, que colaborou estreitamente com o ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013).

“Com esses 500 mil dólares, Iván Duque poderia ter comprado 83.333 kits de diagnóstico para a Covid-19, mas você prefere gastá-lo em armas para entregá-lo ao Clíver Alcalá Cordones, para que ele possa promover, liderar e coordenar a penetração de três grupos de assalto treinados na Colômbia para gerar eventos de violência na Venezuela “, enfatizou.

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As relações entre os dois vizinhos são interrompidas. Duque não reconhece Maduro por considerar sua eleição ilegítima em 2018 e, em vez disso, reconhece como presidente interino da Venezuela, o líder do parlamento Juan Guaidó.

As acusações de Caracas contra Duque são frequentes. Em fevereiro passado, as Forças Armadas venezuelanas realizaram exercícios em face de supostos planos de agressão que seriam promovidos, pelos Estados Unidos, Colômbia e Brasil.

Em 7 de março, Maduro denunciou um suposto plano dos Estados Unidos de desencadear um conflito para justificar uma intervenção militar na Venezuela com a ajuda da vizinha Colômbia e Brasil.

Colômbia e Venezuela, que compartilham uma fronteira de 2.200 quilômetros, não mantêm relações diplomáticas há um ano, quando Maduro as rompeu devido ao apoio de Bogotá à tentativa de entrada de ajuda enviada pelos Estados Unidos promovida por Guaidó.


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