A Venezuela declarou alerta sanitário por 90 dias em cinco estados costeiros após terem sido detectados, pela primeira vez, casos de gripe aviária AH5N1 em pelicanos, anunciou o governo nesta sexta-feira (2).

A ministra da Ciência e Tecnologia, Gabriela Jiménez, informou no Twitter “a detecção do vírus da Influenza Aviária AH5N1 em pelicanos encontrados na região norte costeira do estado de Anzoátegui [leste]. Por este motivo, são tomadas medidas preventivas e alerta sanitário”.

A descoberta ocorreu na localidade de Puerto Píritu, oeste de Anzoátegui, e constitui o “primeiro registro de influenza tipo A, subtipo H5” na Venezuela.

O “estado de alerta” abrange Anzoátegui, Miranda, Nueva Esparta, La Guaira e Sucre, onde será implementado um período de “quarentena”, segundo uma resolução dos ministérios da Agricultura e da Ciência e Tecnologia.

Equipes técnicas realizam trabalhos de acompanhamento e vigilância, acrescentou a ministra, ao ressaltar que os casos reportados na Venezuela são semelhantes aos contágios de pelicanos em outros países.

Durante o estado de alerta, fica proibida “a mobilização de aves vivas e ovos férteis” nas áreas em quarentena. Será realizado, ainda, o sacrifício de aves positivadas ou com vínculos epidemiológicos que gerem riscos de transmissão do vírus e foram proibidas “rinhas de galos, feiras e exposições com a presença de aves e suínos”.

No Peru, por exemplo, cerca de 14.000 aves marinhas morreram, a maioria pelicanos, por causa da gripe aviária H5N1 em parte de sua costa e áreas naturais protegidas, enquanto o Equador ativou um plano para proteger as aves selvagens nas ilhas Galápagos, que abrigam flora e fauna únicas no mundo.