Veneza confirma valores de taxa para turistas em 2026

VENEZA, 19 NOV (ANSA) – A Prefeitura de Veneza confirmou nesta quarta-feira (19) os valores da taxa para acessar o centro histórico da cidade em 2026, dando sequência à política instituída em 2024 de tributar os turistas adeptos do chamado “bate e volta”.   

A contribuição será cobrada entre 8h30 e 16h, mas apenas dos turistas que não pernoitarem na área lagunar de Veneza, e também haverá isenções para moradores da região do Vêneto, menores de 14 anos, trabalhadores pendulares e estudantes.   

Quem reservar com até quatro dias de antecedência pagará cinco euros (R$ 31), enquanto aqueles que deixaram para comprar em cima da hora terão de desembolsar 10 euros (R$ 62).   

“A modulação da contribuição com base em reservas antecipadas é uma ferramenta para a gestão inteligente do fluxo de pessoas, que permite um monitoramento mais preciso e possibilita à cidade um melhor planejamento dos serviços”, disse o secretário municipal de Orçamento, Michele Zuin.   

“Continuamos o processo experimental com atenção minuciosa aos dados, convictos de que um planejamento equilibrado pode melhorar a sustentabilidade e a qualidade de vida dos moradores”, acrescentou.   

A cobrança será praticada em 60 dias não sequenciais entre o início de abril e o fim de julho, englobando todos os fins de semana e feriados nesse período.   

O objetivo da iniciativa é combater os efeitos do turismo predatório em Veneza, que é palco recorrente de protestos contra maus hábitos de viajantes, como urinar na rua, mergulhar em canais e fazer piqueniques em pontes.   

Além disso, muitos culpam o turismo de massa pelo declínio da população do centro histórico, onde a crescente oferta de imóveis de temporada pressiona os preços de aluguéis para moradia e empurra os habitantes para áreas mais afastadas.   

Em 1951, o centro histórico de Veneza era lar de quase 175 mil pessoas, cifra que hoje gira em torno de 48,5 mil. Ao mesmo tempo, a população dos bairros em terra firme saltou de 97 mil para 178 mil no mesmo período. (ANSA).