Uma das vítimas fatais do coronavírus no Rio de Janeiro, Cleuza Fernandes da Silva, de 32 anos, era vendedora de doces. Ela era conhecida no bairro Parque da Luz, em Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio, por seu bordão “toda hora sai”, em referência à quantidade de mariolas que eram compradas na rodoviária, onde trabalhava há cerca de cinco anos.

A ambulante começou a se sentir mal no último dia 8. Dois dias depois, ela sentiu febre, dores no corpo e muita falta de ar e foi internada no Hospital Regional Darcy Vargas. Ela foi isolada e entrou em coma. Sete dias depois de ser hospitalizada, Cleuza não resistiu e morreu em decorrência do coronavírus.

A vendedora ambulante teve insuficiência respiratória e parada cardíaca. Segundo o hospital, ela tinha uma doença crônica (não informada pela unidade).

Ainda segundo O Globo, dois dias depois da morte dela, o hospital enviou para o Laboratório Lacen o exame para coronavírus. Na última quinta-feira, o resultado positivo para a doença foi informado à prefeitura de Rio Bonito. A ambulante deixou três filhos que eram cuidados pela mãe dela.

Cleuza foi sepultada no dia 18 com a presença de três pessoas. O caixão não estava lacrado e os parentes fizeram uma despedida antes do sepultamento. Agora, os familiares temem que outras pessoas estejam contaminadas. Todos os parentes de Cleuza estão sendo monitorados pela Secretaria municipal de Saúde.

O caso de Cleuza foi o único óbito registrado desde domingo no estado. Mais 48 mortes estão em investigação. Segundo a secretaria, o Rio de Janeiro tem 657 casos confirmados de Covid-19, 57 a mais que no domingo. São 553 casos na capital e o restante divididos por outros 23 dos 92 municípios.